A vida é sempre um rascunho de si mesma. Nunca pode ser vivida por inteiro, há escolhas, opções, caminhos, orientações … rascunhos… uma vez “passados a limpo” não se repetem, vivem-se!
Uma história que se vai escrevendo sem se saber o final que vai ter, é um final certo mas de contornos incertos.
A natureza do Destino, do Amor da Liberdade é frágil. A cada passo, a cada pensamento, a cada escolha a natureza é alterada e pode variar entre um temporal e uma amena tarde de sol, e escreve-se mais um rascunho, acalentado por uma melodia ou por um espasmo … mas escreve-se … o lápis pode arranhar a folha, a caneta pode falhar, mas escreve-se … podem faltar palavras, vontade, desejo , intenção, mas escreve-se … podem até faltar personagens, entram e saem, mas escreve-se …
Na história que escrevemos a cada dia independentemente dos pensamentos e sentimentos que nos assolam a vida escreve-se, sente-se, vive-se…
Hoje sinto-me inerte no corpo mas eléctrica nos pensamentos … e escrevo mais um rascunho de mim!
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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12 comentários:
...a vida vai-se escrevendo diminuindo progressivamente a possibilidade de a rasurar.
Apenas as memórias se alteram e se enfeitam pelo mata-borrão, digo eu.
A vida vai-se escrevendo sempre ...
As memórias não se alteram, amenizam-se com o tempo ...
Essa é a grande virtude dos que procuram em cada ocasião viver sempre mais um pouco: acrescentam páginas ao livro que se pretende longo e pouco repetitivo.
Longo
Cheio
Único
Repetições ficam para os outros!
O sorriso que essa frase me deu :) E as longas horas, algumas felizmente proveitosas, que já passei a tentar explicar o porquê de ter que ser diferente e do que estou disposto a abdicar para poder chegar chegar onde pretendo.
Horas?
Passaste horas a explicar o porque de se ser diferente??
Eu tenho passado a vida toda!!
Não devo ter encontrado, ainda, o melhor caminho da explicação!
Uma das minhas máximas de vida é que me estou nas tintas para o que os outros pensam de mim. Só explico a quem mostra interesse real. Já sabes, com certeza, que não é muita gente :)
Caso para dizer, quanto menos explicações melhor!
Eu se mostram muito muito interesse, desconfio e acabo por não explicar nada!
... Um rascunho gravado ao ritmo da vida apressada com a imprecisão de uma ponta de 'faca afiada'.
Não nos escape ela da mão - que afiada é perigosa!
Aqui a direito, já a aqui uma curva - bem desenhada, que é o que se quer - não vá agente abrir um sulco demasiado profundo e entrar em cuidados com um solavanco imprevisto no nosso dia.
Beijinhos
Uma boa surpresa o teu blog!
O título do teu blog fez-me recordar um dos meus livros favoritos: "O fio da navalha".
Sei que foi passado a filme, mas não gosto de ver os filmes feitos sobre grandes obras literárias. Nunca demonstram a grandeza que me ficou na imaginação.
Amantesmaria, obrigada pela visita, devolvo-te o gosto por te ler.
E sim é preciso ter cuidado que se a facAfiada escapa da mão é coisa para doer... a mim já me doeu muito numa primeira fase da FacAfiada, mas já passou!
bjs
Ness, o "Fio da Navalha" não é mais que a vida!
“Nada no mundo é permanente, e somos tolos em desejar que uma coisa perdure, mas mais tolos ainda seríamos se não a aprecíassemos enquanto a temos”
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