Hoje, a caminho de casa por várias vezes esgotei a lágrima que queria cair … por várias vezes contive o brado que a minha alma estava pronta a dar, por várias vezes equacionei o porquê, por várias vezes me tentei colocar na tua pele e por várias vezes senti que era uma tentativa inútil, vã, impotente, distante, remota…
Porque é que desististe?
Há dois anos quando te visitei pela primeira vez levei-te um livro … estavas composto, direito com algum esforço , senti … sorriste e disseste-me que não podias ler … fiquei sem reacção, quando te quis levar alguma coisa pensei no livro nem me lembrei que te era impossível desfolha-lo … pedi-te desculpa e li-o para ti …
Poderão os quilómetros separar-nos dos nossos amigos?
Poderá a distância separar-nos realmente dos amigos?
Se quiseres estar com alguém, não estarás já lá?
Encontrar-nos-emos de vez enquanto, sempre que quisermos, no meio da única festa que nunca poderá terminar …
"Richard Bach – Não há longe nem Distância"
Hoje, a caminho de casa lembrei-me destas palavras que te li naquele dia, e o que me custou o caminho para casa … as lágrimas que não sequei e que a este momento não consigo também secar …
Porque é que desististe?
Não espero que resistas muito, mas espero que a tua dor seja o mais curta possivél …
Sem ter culpa, peço-te desculpa por a vida ter-te sido tão madrasta e por o que fiz por ti não ser mais que uma pequena migalha dada com carinho a um pequeno passarinho que perdeu as asas …
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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7 comentários:
infelizmente não escolhemos a vida que queremos, felizmente ha pessoas como tu! parabens pelo texto :)
Um belo texto, carregado de sentimento.
paula'maria,
Obrigada pela visita.
Infelizmente há situações com que nos deparamos que egoistamente não compreendemos por não atingirmos a realidade que representam.
El Matador,
Um carregamento enorme, forte e duro!
Bjs
Olá Faca Afiada
Desta caserna soa um toque de Entardecer, como tributo a mais uma partilha com que nos privilegias.
Conheço te momentos em que a Faca ora é Baioneta, ora è Sabre, porém, momentos em que a tua Faca sangra ... são raros.
Ha quem diga que dos fracos nao reza a historia ... eu sou um deles ... porém, hoje, um bravo nasce por tua Pena e nao por tua espada.
Obrigado por escreveres para nós.
Meu Major,
como gosto de te chamar. Depois destes anos (já lá vão alguns) essa é uma verdade, e é uma verdade comprovada por delongas de horas que já tivemos e continuamos a ter, para bem da nossa sanidade mental!
Mas também é verdade que a faca às vezes sangra e bem, mas são os penhascos que subimos e descemos ... não somos pessoas de ir dar uma "ganda" volta para os contornar-mos ... estão lá, então explore-se ao sabor de qualquer vento!
Bjs, genuflexões e vénias Meu Major, é sempre um prazer saber-me lida por ti!
Não tenho de saber mas gostava ...
beijo
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